São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 1995
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Kazan encontra a nova América

MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

No cinema americano do início dos anos 50, talvez não tenha havido combinação mais explosiva que a do diretor Elia Kazan e do dramaturgo Tennessee Williams. "Uma Rua Chamada Pecado" (HBO, 18h15) -versão em português para "Um Bonde Chamado Desejo"- trouxe Kazan definitivamente do teatro para o cinema.
Ele filma com maestria um dos maiores sucessos da Broadway do seu tempo, quando o teatro americano aceitava e coroava o universo de Williams: a América violenta, neurótica e muito perto da imoralidade.
No filme, encontramos o pequeno mundo de Stanley e Blanche, dois seres que entendem a realidade de forma distinta. Enquanto ele a aceita com brutalidade, ela a rejeita assumindo sua própria loucura.
Mas há em "Uma Rua" um outro fator de diferença. E seu nome é Marlon Brando, que aqui retoma o mesmo papel que o havia projetado no teatro e que o ajudou a se tornar um ícone no cinema.
(MR)

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