São Paulo, sexta-feira, 29 de dezembro de 1995
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Aulas aprimoram herança

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA REPORTAGEM LOCAL

Para a maioria dos filhos de músicos que pretendem seguir a carreira dos pais, herança genética não basta, é preciso estudo.
"Em vez de aporrinhar os pais, vá aprender teoria", aconselha Nana Caymmi, 51.
Paulo Jobim, 45, filho de Tom, lembra que genética ajuda, mas não é tudo. "Qualquer um pode cantar ou tocar, basta treino", diz.
Foi isso que fez com que ele colocasse o filho Daniel na escola de música de Antonio Adolfo.
Kay Lyra, 24, é outro exemplo. Estudou canto lírico, depois resolveu ir para os EUA aprimorar seus conhecimentos musicais na Universidade de Berkeley, conhecida pela excelência nessa área. Voltou recentemente, cantando bossa nova, como o pai, Carlinhos Lyra.
Filho de Elis Regina e César Camargo Mariano, Pedro Camargo Mariano também está em busca do aprimoramento com profissionais, embora, inicialmente, confiasse cegamente na genética.
"Meus pais foram autodidatas. Eu tinha a impressão de que nenhum profissional poderia aprimorar o dom", diz.
Até que ficou rouco na véspera de um show. "Minha mãe não tinha esse problema, mas eu me gripo com facilidade", conta. Resolveu procurar um professor de canto.
(LAR)

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