São Paulo, sábado, 30 de dezembro de 1995
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Light provoca maior atraso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O atraso da venda da Light, estatal do setor elétrico, é o maior responsável pela má posição do governo FHC nas estatísticas de privatizações.
Para viabilizar a privatização da Light, porém, o governo dependeu do Congresso. Foi preciso autorização dos parlamentares para dividir a empresa em duas com objetivo de vender a parte "boa" -que é a Light do Rio de Janeiro.
Projeto nesse sentido só foi elaborado pelo governo no segundo semestre. A venda da empresa ficou para o ano que vem.
Parte da lentidão das privatizações em 95 pode ser explicada pelas contradições da base de apoio do governo FHC, que abrange desde os privatistas PFL e PPB e setores do PMDB e PSDB mais estatizantes.
Não ficam de fora dessa equação os interesses regionais, evidentes quando, por exemplo, o governo propôs a privatização da Vale do Rio Doce. As bancadas nordestinas -inclusive os governistas- ainda temem perder os projetos da megaestatal em seus Estados.
A explicação do ministro José Serra (Planejamento) para o atraso das privatizações é mais técnica: o governo está vendendo empresas de setores estratégicos, o que é mais complicado.

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