São Paulo, sábado, 30 de dezembro de 1995 |
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Número de mortos aumenta para 39 em SC CARLOS ALBERTO DE SOUZA * CARLOS ALBERTO DE SOUZA; FERNANDO ROSSETTI
Não choveu ontem no Estado e as águas baixaram, facilitando o aparecimento dos cadáveres. Ainda há 23 desaparecidos. A leptospirose, causada pela urina do rato, passou a ameaçar. "A tendência é de surto", disse o diretor da Secretaria da Saúde de Florianópolis, Julio Marchi. Três pessoas, cujos exames comprovaram a contaminação, estão internadas na capital. Os principais sintomas da leptospirose são febre e dor no corpo. Um dos tipos da doença, que causa hemorragia, pode levar à morte. A Defesa Civil informou ontem que havia 20 mil desabrigados em Santa Catarina, onde 44 municípios tinham decretado situação de calamidade ou estado de emergência. O número de flagelados diminuiu com a baixa das águas. A rodovia BR-101 teve meia pista liberada na altura do km 404, em Araranguá. No km 257, em Paulo Lopes, a estrada estava interditada. A Defesa Civil apelou aos gaúchos que não viajassem ao litoral catarinense no feriadão. O governador Paulo Afonso Vieira (PMDB), 37, que ontem retornava da região sul, onde visitou cidades atingidas, precisou abandonar o carro e ultrapassar a pé uma barreira na BR-101. As chuvas causaram prejuízo de R$ 3,2 milhões à Universidade Federal de Santa Catarina. O Hospital Universitário -que ficou sem eletricidade e teve inundação no depósito de remédios- fechou a UTI, a maternidade, o atendimento de emergência e ambulatorial. Pelo menos 700 pessoas estão deixando de ser atendidas por dia. "Só de remédios, o hospital perdeu recursos da ordem de R$ 500 mil", afirma o reitor, Antonio Diomário de Queiroz, 51. * Colaborou, FERNANDO ROSSETTI, da Reportagem Local Texto Anterior: Temporais pioram em São Paulo e matam 2 Próximo Texto: Atriz vai passar o réveillon no país Índice |
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