São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 1995
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Férias ajudam a vender alarme

DA REPORTAGEM LOCAL

A fuga dos moradores de São Paulo durante o verão significa lucro certo para as empresas que trabalham com sistemas de segurança residencial.
"A procura por alarmes residenciais dobra nos meses de férias", explica Maria Lúcia da Silva Calixto, gerente da Artan, que desenvolve sistemas de segurança.
Os sistemas de segurança incluem desde sensores infravermelhos e cercas eletrificadas até o monitoramento 24 horas das residências e o envio de patrulhas no caso de invasão.
Muitas vezes, porém, a decisão de instalá-los ocorre na última hora. "O movimento é muito grande de dezembro a fevereiro. Depois, cai bastante", diz Nílson Guedes Pereira Júnior, diretor da Radcon, que monitora mais de 800 casas.
"Nesta época, os clientes querem sistemas instalados imediatamente, para só então saírem de férias", diz Maria Lúcia, da Artan.
O tempo de instalação varia de acordo com a complexidade do sistema escolhido.
Um bem simples demora quatro ou cinco horas. Um sistema mais sofisticado pode levar alguns dias para começar a funcionar.
Os alarmes são acionados por sensores infravermelhos que detectam movimentos estranhos dentro e fora de casa.
Quem tem cachorro ou gato pode programar os sensores para acionarem os alarmes a partir de uma determinada altura -corpos menores não são detectados.
Há também a opção por isolar a casa por meio de uma cerca eletrificada, identificada no jargão do setor como "sistema de choque pulsativo".
O invasor que encostar nela leva um choque suficiente para desacordá-lo. Segundo Elias Barbosa da Silva, gerente da Prosseg, a cerca eletrifica não implica risco de vida para um eventual invasor.
Os sistemas de segurança podem ir além da instalação de alarmes e cercas eletrificadas.
Há empresas em que o cliente pode optar também por um serviço de monitoramento e tomada de providências no caso de invasão.
Ele escolhe se a empresa deve ligar para a polícia, para um parente ou amigo ou mandar uma patrulha própria para cuidar da casa até o proprietário chegar.
O preço de um sistema de segurança depende do tamanho da casa, da quantidade equipamentos utilizados e da opção ou não pelo monitoramento 24 horas.
Um sensor infravermelho para uma sala de 25 m2 custa R$ 100 na Prosseg. Uma bateria para que o sistema funcione mesmo faltando energia elétrica fica por R$ 100, e um par de sirenas, por R$ 120 na mesma empresa.
O monitoramento da Radcon custa R$ 70 com a opção do patrulhamento. Sem ela, custa R$ 50.
Na Artan, um sistema completo para uma casa de três dormitórios custa R$ 3.000. As três empresas oferecem sistemas completos.

PARA SABER MAIS
Prosseg - 942-9507; Radcon - 542-3833; Artan - 267-1299

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