São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 1995
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Perfil dos parlamentares não sofre alteração

LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O perfil dos deputados e senadores que tomam posse é semelhante ao perfil do velho Congresso.
A renovação de 53% na Câmara e 66% no Senado fica apenas no número. O perfil político, ideológico, partidário e sócio-econômico é mantido, com poucas alterações.
O Congresso continuará habitado por políticos profissionais.
O quadro partidário foi mantido. O PMDB passou de 121 para 128 parlamentares e o PFL pulou de 103 para 108. No rastro de FHC, o PSDB passou a ser a terceira bancada, mas cresceu apenas 22%, ficando com 72 parlamentares.
As maiores alterações ocorrem no Senado. Saem senadores mais idosos e tradicionais, como Nelson Carneiro (PP-RJ), João Calmon (PMDB-ES) e Mauro Benevides (PMDB-CE), para entrar uma safra de caras novas.
O PT terá "cinco Suplicys", como estão sendo chamados por Pedro Simon (PMDB-RS) os petistas eleitos.
O perfil socioeconômico também é mantido. O Congresso é dominado por empresários (de 201 para 158), advogados (de 90 para 94) e médicos (de 34 para 49). Os sindicalistas continuam os mesmos 25.
Fernando Henrique Cardoso terá que negociar com partidos e com as bancadas que se organizam por setor de atividade produtiva, que continuarão fortes. A "bancada ruralista" chega com cerca de cem membros.
Capaz de decidir votações de interesse do governo, esta bancada já mostrou que troca votos por subsídios, anistia a juros e verba para financiamento da produção.

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