São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 1995
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Clinton banca ajuda ao México

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Convencido de que sua proposta de auxílio ao México seria derrotada no Congresso, o presidente dos EUA, Bill Clinton, resolveu ontem retirá-la da pauta do Legislativo e atuar por conta própria para ajudar os mexicanos.~
Ele anunciou que vai usar U$ 20 bilhões do Fundo de Estabilização Cambial e colocá-los à disposição do governo mexicano.~
Esta é a primeira vez que recursos do Fundo, criado em 1934, são usados por um presidente dos EUA com outro objetivo que não o de ajudar o dólar norte-americano em situações de queda no mercado internacional. O Fundo, em iens e marcos, tem no total entre U$ 25 e U$ 35 bilhões.
Clinton também anunciou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) vai coletar mais U$ 10 bilhões de outros países, além dos U$ 7,8 bilhões já alocados para o México na semana passada.
O Banco Internacional de Compensação, o banco central dos bancos centrais do mundo, vai entrar com U$ 10 bilhões. Espera-se que bancos comerciais ofereçam ao México mais U$ 3 bilhões.
O porta-voz da Casa Branca, Michael McCurry, disse que o presidente acha a situação mexicana suficientemente grave para justificar a inusitada decisão, pela qual, com certeza, receberá muitas críticas.
Os dois principais líderes da oposiao, Bob Dole e Nedwt Gingrich, apoiaram a decisão de Clinton.
Clinton argumenta que 700 mil empregos nos EUA dependem diretamente do comércio com o México e que a crise mexicana poderia se espalhar pela América Latina.

LEIA MAIS
Sobre a crise mexicana às págs. 2-5 e 2-6

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