São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995
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Presidência desiste de pedir convocação extra

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Congresso não será convocado extraordinariamente do dia 3 ao dia 14 de fevereiro, conforme estava previsto. As atividades da nova legislatura só serão iniciadas formalmente no dia 15.
A convocação não será necessária porque o governo reeditou todas as MPs (Medidas Provisórias) que venceriam do dia 3 ao dia 14.
Para o senador Josaphat Marinho (PFL-BA), o governo violou a Constituição ao reeditar MPs antes de seu vencimento.
Já o presidente da Câmara, Inocêncio Oliveira (PFL-PE), acha que o Executivo quer ganhar tempo para "aprofundar o debate sobre as reformas na Constituição".
No discurso da sessão de posse na Casa, o deputado disse que o as mudanças da Carta serão "a primeira tarefa de elevada magnitude" dos novos parlamentares.
A sessão foi aberta com a execução do Hino Nacional, às 15h10, com dez minutos de atraso. Depois de discursar, Inocêncio leu o juramento de posse e pediu ao deputado Heráclito Fortes (PFL-PI) que fizesse a chamada nominal dos demais 512 parlamentares, para que estes respondessem "assim eu prometo".
A chamada deveria ter sido iniciada pela bancada de Roraima, mas o primeiro nome lido foi o do pernambucano Fernando Lyra (PSB). "A Mesa não seguiu a ordem geográfica, seguiu a ordem médica", disse o deputado, que recentemente esteve internado por causa de problemas cardíacos.
Lyra, que logo após o juramento seguiu para o aeroporto, admitiu a amigos que a causa de sua saída antecipada não estava relacionada com sua saúde. "Vou à cerimônia de formatura de minha filha, em Recife", afirmou.
A chamada nominal, que durou 50 minutos, foi encerrada pela bancada do Rio Grande do Sul.

Estiveram ausentes Gilvan Freire (PMDB-PB), que não justificou a falta, e Amaral Neto (PPR-RJ), que está hospitalizado.

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