São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995 |
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Jornalistas loteiam terrenos irregulares
PAULO SILVA PINTO
Trata-se de uma área de proteção ambiental, o que impede a regularização dos terrenos. "Não juntamos os papéis porque sabíamos que não iriam autorizar", diz o presidente da Cooperativa, Allan Pimentel, 45. Ele diz que o único jeito de fazer loteamentos em Brasília é contrariar a lei assinada na gestão do governador José Aparecido de Oliveira (85), que "engessou tudo". Joyce Belfari, 35, funcionária da Secretaria de Comunicação do gabinete do governador Cristovam Buarque, diz que se sente "constrangida" de ter comprado um lote em área de proteção ambiental. "O loteamento é mais irregular do que eu imaginava", diz ela. Pimentel —funcionário da Câmara dos Deputados, onde trabalha para a "Voz do Brasil"— afirma que as decisões da cooperativa foram em assembléia e que todos sabiam da situação do loteamento. "Nós esperávamos um rezoneamento das áreas de proteção ambiental e continuamos esperando por isso. Ao lado do loteamento há duas cidades satélites, de 40 mil habitantes cada uma", afirma. A cooperativa pediu audiência com a vice-governadora Arlete Sampaio, 44, responsável pela questão de terras no DF. Ela diz que uma comissão avalia 429 condomínios irregulares e que ainda não sabe quais podem ou não ser regularizados. Em outra frente, a das ocupações de área pública, o governo do Distrito Federal tem agido com mais truculência. Na terça-feira, 12 casas foram demolidas no núcleo rural de Taguatinga, cidade satélite de Brasília. No dia 10 de janeiro os tratores já tinham passado por cima de quase metade de uma área com 350 barracos. A vice-governadora afirma que só foram retiradas as ocupações que aconteceram depois de 15 de novembro, quando o atual governo foi eleito. Texto Anterior: Desempregado faz família refém por 10 h Próximo Texto: Argentino é acusado de dar golpe financeiro Índice |
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