São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995 |
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Só Bolsa do México registra queda
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS E DOS CORRESPONDENTES Com exceção do México, as Bolsas de Valores de todo o mundo continuaram ontem a subir, porém menos que anteontem, como reflexo do pacote de US$ 47,8 bilhões de ajuda ao México anunciado pelo presidente dos EUA, Bill Clinton, anteontem.O peso mexicano teve forte valorização, mas seu valor se manteve 30% abaixo do registrado no início da crise. Em Nova York, o índice Dow Jones teve alta de 0,1% apesar do aumento na taxa de juros norte-americana. Anteontem, havia subido 0,31%. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 89,65 pontos, ou 0,5%, para fechar em 18.739,47 pontos. Na Europa, o aumento nas taxas de juros norte-americanas também contribuiu para puxar para cima o preço das ações. Em Londres, o índice Financial Times 100 subiu 25,7 pontos, fechando a 3.017,3. Em Paris, o CAC teve alta de 29,88 pontos, para 1.827,78 e em Frankfurt, o Dax subiu 27,16 pontos, para fechar em 2.048,43. A Bolsa de Valores da Argentina subiu, com o índice Merval registrando alta de 1,69% depois de ter subido 7,1% anteontem. Já no México, os investidores realizaram lucros depois da alta recorde de 10,27% anteontem e o índice principal caiu 3,4%. O dólar fechou em alta frente às principais moedas européias e ao iene japonês. Já o peso mexicano conseguiu ganhar valor frente à moeda norte-americana e fechou com alta de 65 centavos, com o dólar cotado a 5,40 pesos para compra e 5,50 para a venda. Em Londres, o diretor do Latag (Grupo Consultivo de Negócios para a América Latina), Ian Harding, disse que a ajuda anunciada por Clinton traz mais confiança em relação à América Latina. Em Nova York, o "trader" de papéis de dívidas de países de mercados emergentes do Bank of America, Pedro Junqueira, disse que a euforia registrada após a medida do presidente Clinton pode ser momentânea. "Os investidores ainda estão cautelosos. Muitos deles vêm o mercado da América Latina como um todo e deve levar algum tempo para o Brasil se destacar nesse quadro", disse. Para a Coface, seguradora semi-estatal francesa, que faz seguros para investidores, "a situação no México não deve afetar os investimentos a longo prazo no Brasil", disse Xavier Denecker, diretor de comunicação. Texto Anterior: Socorro ao México pode ignorar Senado Próximo Texto: Empresas mantêm investimentos Índice |
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