São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995
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Discografia já está quase completa nas lojas

CARLOS CALADO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A fama de "maldito" também acabou rendendo uma discografia pequena a Jards Macalé. Em 30 anos de carreira, que completa em 95, o cantor e compositor gravou apenas cinco álbuns individuais.
Relançado em CD pela Continental, no final do ano passado, "Quatro Batutas e Um Coringa" foi gravado originalmente em 1987. Nele, o coringa Macalé revisita obras de quatro batutas da MPB: Geraldo Pereira, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola e Lupicínio Rodrigues.
Além de recriar clássicos como "Acertei no Milhar" (de Geraldo Pereira e Wilson Batista) ou "Quatorze Anos" (Paulinho da Viola), Macalé garimpou preciosidades como "Ministério da Economia" (de Pereira e Arnaldo Passos) e "Dona Divergência" (Lupicínio e Felisberto Rodrigues).
Também lançado em 94 pelo selo Rock Company, "Let's Play That" permaneceu inédito por uma década, burramente rejeitado pelas gravadoras. Em clima intimista, registra uma "jam session" de estúdio com Macalé e o percussionista Naná Vasconcelos.
Agora só falta a Som Livre tirar do baú o excelente "Contrastes", terceiro álbum do compositor, gravado em 1977. Em meio a sambas, serestas, choros e até um reggae, esse disco marca a volta à ativa da lendária Orquestra Tabajara do maestro Severino Araújo.
Se ainda não conseguir romper desta vez a "maldição" de mercado que herdou sem querer, ao menos a música de Jards Macalé nunca esteve tão disponível aos fãs da música brasileira.
(CC)

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