São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995
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Cúpula pode reunir os dois presidentes hoje

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os presidentes de Equador e Peru podem se encontrar hoje na reunião da Cúpula Bolivariana, que ocorre em Cumaná, na Venezuela.
Seria o primeiro encontro desde o início da crise. Os dois já teriam conversado pelo telefone pelo menos duas vezes desde então.
O presidente equatoriano, Sixto Durán-Ballén, 73, deixou Quito ontem às 13h30 (16h30 em Brasília) e chegou a Cumaná às 18h45 (20h45). Ao embarcar, disse não saber se se encontraria com o presidente peruano, Alberto Fujimori.
Não se sabia ontem se Fujimori vai manter sua viagem. O Congresso do Peru autorizou sua ida a Cumaná, cidade de 200 mil habitantes situada a 408 km da capital, Caracas.
Segundo um funcionário do Palácio do Governo, o presidente peruano teria cancelado seus compromissos ontem para poder se preparar para a reunião.
Ontem, o porta-voz do governo venezuelano, Guillermo Alvarez, disse que todos os convidados estarão presentes ao encontro.
A reunião, que conta ainda com a presença dos presidentes de Bolívia, Colômbia, Panamá e Venezuela, vai até amanhã.
Deveriam ser debatidos a reformulação do Pacto Andino e a possível integração com o Mercosul.
Serviria ainda para comemorar os 200 anos do nascimento de Antônio José Sucre, um dos heróis na libertação da América Espanhola.
Mas esses motivos ficaram ofuscados pelo conflito entre Equador e Peru e pela possibilidade de encontro entre os presidentes. Os demais países tentarão forçar o fim da disputa armada.

Bancos
Também ontem, a Venezuela estatizou mais três bancos. Horas antes, o ministério da Fazenda tinha negado novas estatizações.
Com os três, sobem para 16 o número de bancos nas mãos do governo, dos mais de 40 bancos privados antes da crise do sistema bancário no início de 1994.

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