São Paulo, sexta-feira, 3 de fevereiro de 1995
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'Deputado não vale nada'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Antes da votação que definiu a eleição de Luís Eduardo Magalhães, o deputado José Genoino (PT) atacou as "estruturas de compadrio e de corporativismo" no Legislativo.
"Permitam-me dizer uma coisa: deputado aqui não vale nada", afirmou Genoino. Para ele, o poder da Câmara se concentra "na Mesa, no colégio de líderes e na alta burocracia".
O deputado defendeu a retirada das funções burocráticas da Mesa, para evitar a troca de favores entre a cúpula da Câmara e os demais parlamentares.
O petista disse que, se eleito, sua primeira atitude seria convocar o Congresso para discutir a reedição de 15 MPs (medidas provisórias), determinada pelo Executivo na terça-feira. "Não aceitaria este ato do governo."
"A medida provisória deforma o processo legislativo. O Executivo legisla, o Parlamento carimba, e os conflitos políticos se transferem para o Judiciário", afirmou Genoino.
Para o deputado, suas propostas de reforma não foram implementadas ainda porque o Parlamento foi "moldado para reproduzir a lógica do Executivo ou da omisssão".
Genoino também criticou a exclusão do PT da composição da Mesa.

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