São Paulo, sexta-feira, 3 de fevereiro de 1995 |
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'Highlander 3' expõe a senilidade da série
MARCEL PLASSE
Direção: Andy Morahan Elenco: Christopher Lambert, Mario Van Peebles, Deborah Unger, Mako Onde: a partir de hoje no Olido 1, Liberty, Top Cine, Center Iguatemi 1 É mais do que a barriga e a falta de agilidade do ator Christopher Lambert. A série "Highlander", ao contrário do que diz sua trama sobre imortais imunes à passagem do tempo, envelheceu mal. No primeiro filme, Connor MacLeod, o highlander (nome dado aos habitantes da montanhosa região noroeste da Escócia), pertencia a uma raça de guerreiros imortais, que se bateu até restar apenas um sobrevivente. Tudo mudou no segundo filme, quando MacLeod virou um alienígena de bom coração, com prejuízo para a bilheteria. Agora, ele volta a se dizer um "scotch" legítimo e descobre que ainda não é o último imortal. "Highlander 3 - O Feiticeiro" tem outros problemas de continuidade, como a mudança da locação do castelo da família MacLeod, que atravessou o mar que separa Kyle of Lochalsh das ruínas da ilha de Skye. Os dois castelos pertencem à períodos distintos e são atrações turísticas da Escócia. Fora o detalhe, não é apenas "a magia do número 1" que está de volta, como alega o slogan publicitário do filme. A motivação e o conflito de "Highlander 3 - O Feiticeiro" são os mesmos do original. A repetição de frases, recursos visuais e trama, mais do que referência, transparecem uma produção burocrática. O resultado óbvio do duelo de espadas medievais entre MacLeod e o novo vilão (Mario Van Peebles), a inevitável morte do mestre (Mako) e a atração da mocinha (Deborah Unger) acontecem como um relógio. O esquema é tão rigoroso que pouco ou nada sobra para o diretor Andy Morahan. Texto Anterior: 'Amante Bilíngue' tem pretensões em excesso Próximo Texto: Patrice Chereau dirige em Viena peça de Koltès Índice |
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