São Paulo, sábado, 4 de fevereiro de 1995
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Nigel Mansell vai correr pela McLaren

ROGÉRIO SIMÕES
DE LONDRES

O piloto inglês Nigel Mansell, 41, vai disputar a temporada de F-1 deste ano pela McLaren, ao lado do finlandês Mika Hakkinen. O anúncio oficial foi feito ontem, durante cerimônia em Londres.
O contrato de Mansell refere-se apenas à temporada de 95, mas ele afirmou que nada o impede de continuar na mesma equipe no próximo ano.
"Se nós fizermos o trabalho direito, não há razão para que as mesmas pessoas não possam continuar juntas em 96."
O inglês afirmou estar muito entusiasmado com a nova temporada e que sua ida para a McLaren "é como iniciar uma nova carreira".
A confirmação do nome de Mansell para o campeonato deste ano alia os interesses da equipe e do piloto, que não conseguiram bons resultados no ano passado.
A McLaren precisava de alguém experiente para ajudar no desenvolvimento de sua parceria com a Mercedes e Mansell precisava de um carro competitivo para voltar a disputar títulos.
Apesar de satisfeito com seu novo piloto, o chefe da McLaren, Ron Dennis, disse que Mika Hakkinen receberá o mesmo tratamento dado ao campeão mundial de 92.
"Será uma das mais talentosas formações que nós já tivemos. Eles terão o mesmo equipamento e as mesmas oportunidades."
Para formar a nova dupla, a equipe de Dennis teve que esperar por uma definição por parte da Williams, pela qual Mansell correu nas três últimas provas da última temporada.
Em novembro, a McLaren iniciou negociações com o escocês David Coulthard, 23, que ganhou uma oportunidade na F-1 com a morte de Ayrton Senna.
Mas a Williams se antecipou e confirmou Coulthard como segundo piloto para 95, ao lado do inglês Damon Hill.
Isso deixou aberto o caminho para um acordo entre Nigel Mansell e Ron Dennis, cujas bases financeiras foram estabelecidas apenas nos últimos dias e até agora são mantidas em segredo.
Com a nova mudança, o piloto inglês faz o caminho inverso de Senna, que trocou a McLaren pela Williams, para lutar novamente pelas primeiras posições na modalidade.
A volta de Mansell, além de dar um novo ânimo à categoria, que ficou sem nenhum campeão mundial na maior parte da temporada passada, é um consolo para o público do Reino Unido.
Depois de ver Damon Hill perder o título de 94 num acidente polêmico com Michael Schumacher, em Adelaide (Austrália), os britânicos tiveram que lamentar o fim da participação da Lotus, que não conseguiu patrocínio para se manter nas pistas.

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