São Paulo, segunda-feira, 6 de fevereiro de 1995 |
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Usuários reclamam do Disque-900
PAULO PEIXOTO
O Disque-900 é um serviço da empresa BH-900, desenvolvido em parceria com a Telemig. Por meio desse prefixo, os consumidores têm acesso a 20 serviços, como "Teleamizade", "Só Namoro", "Superbingo", "Tarô" e "Histórias Infantis". A assessora da coordenadoria do Procon (Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor), Gilvani Brécia, disse que as reclamações são de empresas, de pessoas que alegam não ter usado o serviço e de pais que alegam que os filhos são induzidos a usar o prefixo sem ter noção dos custos. Brécia disse que há casos em que as contas atingem até R$ 5.000. "É o caso de uma família que está no Japão e o filho da mulher que cuida da casa tem ligado para o Disque-900", afirmou. Há casos também de consumidores que alegam existir na conta telefônica ligações para o Disque-900 e para outros lugares ao mesmo instante. Brécia disse que outros argumentam que não havia ninguém em casa no horário em que a Telemig alega na conta que o serviço foi utilizado. Nem a Prefeitura de Belo Horizonte escapou. O secretário de Administração, Fernando Cabral, disse que em dezembro foram feitas 87 ligações, aumentando a conta em R$ 528,00. A prefeitura bloqueou o acesso ao número e agora apura a origem das ligações. Os consumidores dizem que a propaganda do serviço é abusiva. A propaganda diz que o serviço "não é interurbano", dando a entender, segundo eles, que a ligação é barata. Um minuto do serviço custa R$ 2,95. A assessora do Procon disse que uma ligação para os Estados Unidos em horário de pico está custando R$ 1,30. O Procon está tentando que a Telemig perdoe as contas já emitidas e crie um acesso ao serviço. A idéia é que cada assinante que quiser os serviços do Disque-900 solicite à Telemig. Nesse caso, só teriam acesso aos serviços os telefones autorizados previamente. Texto Anterior: 'Caça vampiro' usa crucifixo Próximo Texto: Açudes do Ceará estão quase secos Índice |
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