São Paulo, segunda-feira, 6 de fevereiro de 1995
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Países europeus querem parcelar ajuda ao México

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Alemanha, França e Grã-Bretanha vão colocar a necessidade de reformas no Fundo Monetário Internacional como um dos principais temas da agenda da reunião de cúpula dos países do Grupo dos Sete, em junho, no Canadá.
Os ministros econômicos das sete nações mais ricas do mundo se reuniram durante o fim-de-semana em Toronto, Canadá, em encontro de rotina que ganhou nova dimensão com a crise do México.
Ao final, todos aprovaram a ajuda de U$ 50 bilhões ao México coordenada pelos EUA e pelo FMI. Mas os países europeus manifestaram mais uma vez sua insatisfação com o pacote e a maneira como ele foi decidido.
O secretário do Tesouro dos EUA, Robert Rubin, num raro "mea-culpa" público, admitiu que "as consultas não foram fortes como deveriam ter sido" mas disse que as circunstâncias eram excepcionais.
Mas os países europeus criticaram não só a afoiteza norte-americana em anunciar medidas que os envolviam sem consultá-los como a falta de previsão da crise por parte do Fundo Monetário Internacional.
Eles disseram em Toronto que o FMI tem entre seus objetivos que avisar os países-membros da iminência de uma crise financeira grave e que isso não aconteceu no caso mexicano.
Apesar de terem afinal aprovado o pacote, os países europeus querem ao menos parcelar ao máximo os desembolsos de dinheiro ao México e só realizá-los se ele estiver cumprindo as metas econômicas apresentadas ao FMI, entre elas reduzir a inflação de 30% para 9% anuais até dezembro.

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