São Paulo, quarta-feira, 8 de fevereiro de 1995
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Petista é acusado de assédio sexual

Dirigente teria abordado 12 militantes

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O dirigente do PT gaúcho Jones Budrys vai ser julgado a partir de hoje pela comissão de ética do partido sob a acusação de assédio sexual.
Em razão da denúncia, Budrys foi afastado do cargo de secretário de formação política (responsável pela doutrinação dos militantes). Ele é integrante da Executiva petista.
As acusações foram feitas por 12 mulheres entre funcionárias e militantes do PT gaúcho. Nenhuma deles decidiu levar o caso à Justiça.
Budrys pertence à Hora da Verdade, grupo de centro-esquerda no espectro ideológico petista e liderada pelo presidente da legenda, Rui Falcão.
O ex-secretário não foi encontrado ontem pela Agência Folha em Porto Alegre e Erechim, sua base política, para falar sobre o assunto.
O secretário-geral do PT gaúcho, Adeli Sell, disse que Budrys, antes de ser afastado, "reconheceu" ter "abordado" uma funcionária. Segundo ele, no entanto, o gesto não poderia ser tido como assédio sexual.

Indícios
Sell disse achar que existem "indícios graves" da ocorreência de assédio. Além das mulheres que se sentiram agredidas, há testemunhos de homens que teriam presenciado as investidas, que seriam constantes.
O parecer da comissão de ética será submetido ao Diretório Regional em março, quando dará a palavra final sobre o caso. Budrys pode ser expulso.

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