São Paulo, quarta-feira, 8 de fevereiro de 1995
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Malan admite "grampo" em telefone do gabinete

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Pedro Malan (Fazenda) admitiu ontem pela manhã a descoberta de um "grampo" telefônico no seu gabinete. Em rápida conversa com jornalistas na porta do ministério, ele deu respostas monossilábicas às perguntas (leia o texto abaixo).
O pedido para que a Polícia Federal fizesse uma varredura nos telefones do gabinete de Malan foi feito pelo secretário-executivo, Pedro Parente, no último dia 9 de janeiro.
Segundo a Folha apurou, a varredura foi feita ainda na segunda semana de janeiro, mas até hoje Malan não recebeu nenhum documento oficial sobre o resultado.
A assessoria de imprensa do ministro informou no final da tarde que Malan não havia confirmado a existência do "grampo" porque não tinha informação da Polícia Federal sobre a varredura.
Segundo a assessoria, houve um mal entendido, porque Malan teria admitido somente o pedido de varredura.
A varredura feita pela Polícia Federal não se restringiu ao gabinete de Malan. Também foram analisados os telefones da secretaria-executiva, assessoria especial do ministro, secretaria especial de polícia econômica, secretaria de acompanhamento econômico e assessoria de imprensa.
A informação da assessoria de imprensa é que a varredura é uma rotina sempre que há troca de governo. Por isso, o pedido foi feito por Parente, funcionário público de carreira e que já ocupou cargos em governos anteriores.
A Folha apurou que Malan sempre tomou precauções ao usar o telefone. Coisa importantes são tratadas diretamente em reuniões com as pessoas envolvidas.

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