São Paulo, quarta-feira, 8 de fevereiro de 1995
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Nova proposta recebe críticas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA REPORTAGEM LOCAL

O governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque (PT), 50, disse concordar com as linhas centrais do discurso de FHC, mas contestou a proposta de repasse de verbas feitos diretamente às escolas.
"O critério do número de alunos não é bom. Devemos incentivar vocações. Uma escola de música, por exemplo, gasta mais por aluno que outra", diz.
O diretor-executivo da Associação Brasileira de Municípios, Rogério Genari, rebateu a avaliação do governo de que o dinheiro de convênios com prefeituras não chega às escolas. "Os prefeitos têm interesse em investir em educação."
Para o ex-secretário municipal de Educação de São Paulo Mário Sérgio Cortella, o repasse de verbas às escolas só pode ser feito após mudança na Constituição. "A proposta é boa, mas será necessário alterar a lei", diz.
O atual secretário municipal da Educação, Sólon Borges dos Reis, disse que o discurso de FHC é mais um apelo do que uma proposta concreta.
"A responsabilidade pela educação básica no país é dos Estados e dos municípios. A União deveria ficar nas costas dos prefeitos e governadores para que paguem salários decentes para professores e mantenham escolas em bom estado", diz.
Sólon afirma que o governo deveria melhorar o programa de distribuição do livro escolar. "A distribuição é irregular e os livros não são de boa qualidade.".
Para o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Aziz Ab'Saber, a proposta de Cardoso deveria ser mais debatida "por quem entende da área de educação".

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