São Paulo, quarta-feira, 8 de fevereiro de 1995
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Ligue agora seu micro à Internet

MARIJÔ ZILVETI
DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto o acesso à Internet via Embratel não vem, é possível entrar na rede —a maior do mundo, com cerca de 30 milhões de usuários ligados— usando o serviço da rede AlterNex.
Essa rede sem fins lucrativos faz a conexão entre o usuário e a Internet. Cobra taxa de inscrição e por hora de uso, exatamente como em qualquer lugar do mundo.
A inscrição para o serviço custa R$ 10. A tarifa para o acesso à rede começa em R$ 10 durante a primeira hora do mês. Quem mora no Rio de Janeiro leva vantagem, uma vez que só precisa pagar o pulso local.
A AlterNex, provedora do serviço exclusivo para uso não-comercial, tem sede nessa cidade e não está em conexão direta com outros Estados.
Quem está em outras cidades, como São Paulo, paga pela ligação interurbana ou então usa o serviço Renpac, administrado pela Embratel.
O preço pode valer a pena desde que o usuário saiba como administrar bem o uso, fazendo-o de forma moderada, caso contrário a conexão com a Internet pode elevar sua conta telefônica às alturas (veja quadro na página 6-7).
Além do tempo de acesso, a Embratel cobra pelo volume de informações que trafegam pela rede. Esse tipo de cobrança é incompatível com a filosofia da Internet, rede que ganhou o mundo pelo meio acadêmico.
Com a comercialização dos serviços da Internet, prevista para início de maio, a Embratel promete cobrar só pelo tempo de acesso.
Ao se ligar à Internet você pode conversar do seu computador com pessoas do mundo inteiro que estejam conectadas em seus respectivos equipamentos.
Além do computador, as ferramentas necessárias para ter acesso ao serviço são uma linha telefônica e um modem, aparelho que liga o micro ao telefone.
Entre os serviços, o mais usado é o correio eletrônico. Em vez de mandar uma carta pelo correio, você deixa uma mensagem no endereço da caixa postal eletrônica.
Mas a grande novidade da Internet para usuários no Brasil é o acesso a informações com telas gráficas. A gíria mais falada pelos "interneteiros" de plantão é "surfar pela rede".
Essa prática é possível graças a protocolos de comunicação (conhecidos como contas), SLIP ou PPP, que permitem a instalação de programas como o "Mosaic".
Com ele é possível navegar pelo www ou w3, sigla em inglês para World Wide Web (algo como rede mundial de comunicação cibernética), porta de entrada para os melhores serviços da Internet.
Pelo w3 trafegam imagens, sons e documentos. Esse pedaço da Internet foi o que mais cresceu por reunir praticamente todos os serviços da rede.
Ao navegar pelo w3, em uma estação de trabalho Sun, a Folha foi ao Japão e encontrou a liga de futebol daquele país com fotos de jogadores estrangeiros, entre elas a de Leonardo.

LEIA MAIS
Sobre a Internet nas págs. 6-6 e 6-7

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