São Paulo, quinta-feira, 9 de fevereiro de 1995
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Passoni diz que deve deixar o PT para assumir cargo em ministério

GEORGE ALONSO
DA REPORTAGEM LOCAL

A ex-deputada petista Irma Passoni afirmou ontem que deve deixar o partido para assumir o cargo de assessora especial do Ministério das Comunicações.
Ela já aceitou o convite do ministro Sérgio Motta. Agora, Passoni só espera a reunião do Diretório Nacional do PT, no próximo domingo em São Paulo, para decidir a forma de afastamento —se licença ou desfiliação.
"Não vou para lá (o ministério) para não ter poder de decisão. Sem cargo não dá. Não vou ser funcionária fantasma", disse Passoni, para quem chegou a hora de o PT ser "o partido do sim, que apresenta proposições".
Ontem à tarde, Passoni se reuniu durante uma hora com Luiz Inácio Lula da Silva e com o secretário-geral Gilberto Carvalho.
Para Carvalho, o setor de comunicações do país é estratégico, mas o PT decidiu, em novembro, que é oposição e que não participa do governo assumindo cargos.
"Ser oposição é também governar", disse Carvalho, com uma ressalva: fora da administração. Segundo ele, não há chance de um membro do partido estar "comissionado" no governo tucano.
Para Carvalho, porém, há diferença entre o caso de Francisco Weffort e o de Passoni.
Weffort, segundo Carvalho, apenas comunicou que já tinha tomado a decisão de aceitar o cargo de ministro da Cultura, enquanto Passoni está tentando encontrar uma forma de participar da reforma no setor de comunicações sem precisar romper com o PT.
Lula também manteve sua posição. "Quem quiser entrar no governo, terá que fazer a escolha".

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