São Paulo, quinta-feira, 9 de fevereiro de 1995 |
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Morre terceira vítima de envenenamento em família
VANDECK SANTIAGO
O engenheiro e suas quatro filhas foram internados depois de tomar o café da manhã no último sábado. A polícia aponta como mais provável a hipótese de que os alimentos contivessem cianeto de potássio, substância muito tóxica. A primeira a morrer foi Raquel, 10, ainda no sábado, ao dar entrada no hospital Barão de Lucena, na zona norte da cidade. A segunda foi Renata, 12, segunda-feira. O engenheiro e a outra menina que ainda sobrevive, Rita, 9, estão em coma e respirando com ajuda de aparelhos. "As chances de sobrevivência são reduzidíssimas", disse o médico Alberto Barros. A mulher do engenheiro, a artista plástica Consuelo Valença de Lima Vieira, 38, iria prestar depoimento ontem, mas cancelou para ir ao enterro da filha. Consuelo foi a única que não tomou o café da manhã —com pão, ovos e café. Ela disse à delegada Inalva Regina, que investiga o caso, que na hora do café tinha ido à casa de uma irmã pegar uma encomenda. A artista plástica disse também em seu depoimento que, em julho do ano passado, o marido havia tentado o suicídio ingerindo 11 comprimidos antidepressivos. Segundo seu depoimento, o engenheiro havia sugerido há um mês o suicídio coletivo da família. Consuelo disse que ele estava deprimido por estar desempregado há mais de seis meses. No lixo da família, a polícia encontrou um frasco vazio de cianeto de potássio, substância usada na indústria sintética, em inseticidas e laboratórios fotográficos. O Instituto Médico Legal (IML) só deve divulgar na próxima semana o laudo oficial sobre o envenenamento. Texto Anterior: Erosão atinge estradas de SP Próximo Texto: ES decreta emergência na área policial Índice |
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