São Paulo, quinta-feira, 9 de fevereiro de 1995
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Aumenta procura por carro 'popular'

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

O consumidor quer escapar do aumento de preço do carro "popular" provocado pela subida da alíquota do IPI, que está sendo examinada pelo governo.
Isso já fez aumentar as consultas de pessoas interessadas em comprar um modelo "popular". Mesmo assim, o ágio se mantém na faixa de 30% e 42%.
O preço pedido por um Corsa Wind era de R$ 11.900, contra R$ 7.421, a cotação da tabela. No final de janeiro, o ágio cobrado no Corsa oscilava entre 44% e 55%
Renato Ferreira da Silva, gerente da Bolsa de Automóveis de São Paulo, que faz cotação diária de 20 mil automóveis novos e usados no Estado, afirma que a diferença entre o preço de tabela do "popular" e o de mercado se mantém estabilizada em 20 dias.
Segundo Silva, se o governo elevar o IPI sobre o "popular", será mais vantajoso comprar os modelos intermediários. Aldo Pareto, diretor da Davox, concessionária Volkswagen, concorda.
Segundo ele, se o o governo aumentar o IPI do "popular" e diminuir o dos carros com preços intermediários, como querem as concessionárias, a tendência é de baixar o ágio no "popular".
"Nos últimos dias, dobrou o número de consultas de clientes interessados em comprar um modelo 'popular"', diz Pareto.
Antonio Carlos Correa, gerente da revenda Fiat Metropolitana, conta que recebe hoje cerca de 20 telefonemas por dia de clientes.
Eles querem saber se a venda dos modelos "populares" "on line" foi reaberta. Desde a semana passada, o sistema está suspenso.
Quem já está na fila de espera do "popular" também se preocupa com o risco de pagar mais.
Na Sopave, revenda da Volks, aumentou, desde ontem, o número de telefonemas de clientes querendo saber se a revenda mantém o preço antigo no caso de o IPI aumentar, conta Naul Ozi, diretor.
Já na Pompéia Veículos, concessionária GM, dobraram as consultas de pessoas interessadas em comprar um Corsa, nos últimos dias, por conta do possível aumento do IPI, diz Luiz Pires, gerente.

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