São Paulo, quinta-feira, 9 de fevereiro de 1995 |
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Raio solar dá show na gruta do Lago Azul
LUIS HENRIQUE AMARAL
A luz do sol atinge a água transparente e ela fica com um tom azulado único. Os visitantes podem descer os 292 degraus cruzando os 180 metros que separam a boca da caverna do lago. O passeio é feito entre formações rochosas com vários metros de altura. Com 110 metros de largura, a gruta é a maior cavidade alagada do Brasil. A superfície do lago reflete tão perfeitamente o teto da caverna e suas estalactites, que passa a impressão que debaixo d'água elas se repetem de forma simétrica. É proibido mergulhar e até tocar na água, para evitar alterações no ecossistema da gruta. Uma expedição formada por mergulhadores franceses e brasileiros, realizada em 1992, descobriu no local um crustáceo cuja existência não tinha registro em nenhum outro lugar do planeta. Ele se chama Potiguara brasiliensis: "poti" é camarão e "guara" significa caverna, na língua dos índios terenas que habitam a região. Também foram descobertos fósseis de um bicho preguiça gigante, do tamanho de um fusca, que teria vivido há 12 mil anos, e uma ossada humana. Os primeiros registros da descoberta da gruta do Lago Azul datam de 1924. Em 78, ela foi tombada pelo governo federal e sua entrada foi cercada para evitar depredações. Mesmo assim, muitas das pontas das estalactites (rochas cônicas que se formam nos tetos) e estalagmites (que se formam no chão) da caverna foram quebradas. A gruta fica a 20 quilômetros do centro de Bonito e a entrada custa R$ 3. Texto Anterior: Corredeira é melhor que montanha-russa Próximo Texto: Beleza do Aquário beira realidade virtual Índice |
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