São Paulo, sexta-feira, 10 de fevereiro de 1995
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Polícia ressucita confrontos

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

A Polícia Militar demonstra vontade em sua volta aos morros cariocas. Nos últimos dois dias, a PM matou em supostos confrontos sete acusados de crimes.
Os resultados da Operação Rio indicam que as Forças Armadas foram mais cuidadosas em suas incursões. Em três meses da ação conjunta entre governos federal e estadual, só duas pessoas morreram em tiroteios com militares.
Monitorada pelo Exército durante o período em que militares ocuparam favelas, a PM evitou se envolver em troca de tiros, obedecendo uma determinação prévia do comando da Operação Rio.
Poucas vezes as ocupações da Operação Rio resultaram em troca de tiros. Em uma delas, no morro do Urubu (Piedade, zona norte), um rapaz foi morto supostamente ao tentar furar cerco militar.
Em Niterói (15 km do Rio), policiais militares, chefiados por oficiais do Exército, mataram a tiros um homem que teria reagido à invasão do morro do Cubango.
Apesar de vigorar até o próximo dia 3, a Operação Rio deixou de existir com a saída dos militares das favelas. Agora, a função é da PM, que, a julgar pelas sete mortes, ressuscitou os tiroteios polícia/bandido.

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