São Paulo, sexta-feira, 10 de fevereiro de 1995
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Dart acusa Arida de intimidação nos EUA

DE NOVA YORK

A embaixada do Brasil em Washington não se posicionou com relação aos novos rumos do processo que a família Dart iniciou contra o governo brasileiro no dia 19 de janeiro. A juíza do processo, Lauretta Preska, do tribunal federal de Nova York, acolheu parcialmente a liminar apresentada pelos advogados dos Dart anteontem.
Até o mês passado, o governo brasileiro e o Banco Central (BC) consideravam a alegação dos Dart "integralmente sem mérito".
Na ação, os Dart acusam o presidente do Banco Central, Pérsio Arida, de intimidar o Bear Stearns Bankers, um de seus intermediários na compra e renegociação de papéis brasileiros.
A família Dart é o segundo maior credor do Brasil e, com a ação, os Dart pretendem forçar o Brasil a acelerar os principais pagamentos do débito bancário comercial brasileiro, papel conhecido como Mydfa (Multi-Year Deposit Facility Agreement).
Os Darts têm US$ 1,4 bilhão em Mydfa. O Banco do Brasil tem US$ 1,58 bilhões em Mydfa.
Segundo a embaixada, não existe perspectiva para uma definição do processo. A juíza Preska afirmou anteontem que ainda não existem provas suficientes para uma definição do processo.
O advogado do governo brasileiro contratado pelo BC, Whitney Debevoise, não falou ontem sobre o processo. Procurado pela Folha, Pérsio Arida não se manifestou.

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