São Paulo, sexta-feira, 10 de fevereiro de 1995
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Portuguesa e Juventus devem jogar dia 15

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Portuguesa e Juventus devem se enfrentar na próxima quarta-feira, pela terceira rodada do Campeonato Paulista.
O jogo, que estava marcado para ontem à tarde, não foi realizado por decisão do juiz Dionísio Roberto Domingos.
Cinco minutos antes do horário previsto, Domingos anunciou que o gramado do estádio Nicolau Alayon, do Nacional Atlético Clube, não tinha condições de jogo.
"Se o campo estivesse apenas encharcado em alguns pontos não haveria problemas. Mas havia água no meio do campo e nas duas áreas", declarou o juiz na beira de campo, de camiseta.
A decisão provocou reações diferentes nos dois vestiários. Na Portuguesa, o técnico Candinho decidiu inspecionar o gramado e aprovou a decisão. Disse que não havia condições de se jogar.
Com isso, os jogadores da Portuguesa nem apareceram no túnel que leva ao campo.
No vestiário do Juventus, a reação foi de indignação. Os jogadores queriam jogar de qualquer jeito.
O goleiro Gilmar (ex-Palmeiras) falou: "O juiz nem entrou no campo. Vamos nós entrar. Vamos mostrar que queremos jogar."
Outro motivo da revolta dos jogadores dos Juventus foi uma coincidência meteorológica. No momento em que o juiz anunciou o cancelamento do jogo, boa parte do céu estava descoberto e havia até sol.
"Contra o Rio Branco, o gramado estava muito pior e ainda estava chovendo", disse o lateral Anderson, sobre o jogo de domingo passado.
Um minuto depois dessa declaração, às 15h58, começou a chover. Em dois minutos, a chuva engrossou. Logo, os juventinos voltaram para o vestiário.
Apesar da reclamação, o Juventus deve ter uma vantagem com o adiamento. Dois jogadores podem reforçar a equipe na próxima semana. O atacante Zé Roberto, contratado ao Botafogo, já deverá estar com a transferência regularizada.
O meia Márcio Griggio, destaque do time, ainda negocia a renovação do contrato.
Ontem, a diretoria da Portuguesa anunciou que hoje começam as obras de recuperação do estádio do Canindé, que está fechado pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis). As reformas, numa área de 30 m2, num setor da arquibancada à direita das numeradas, devem ser concluídas em 40 dias.

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