São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 1995 |
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Inflação cai para 0,54% em São Paulo
MAURO ZAFALON
Os dados são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo), que acompanha preços pagos pelas famílias paulistanas com renda até 20 salários mínimos. A taxa da primeira quadrissemana de fevereiro fica abaixo do 0,8% de janeiro e é a menor registrada pela Fipe desde o 0,19% da segunda quadrissemana de julho de 1986. Alimentos A queda da taxa continua sendo provocada pela forte redução dos preços dos alimentos que, na primeira quadrissemana deste mês, caíram 1,24%. Os produtos semi-elaborados, itens em que se incluem carnes e feijão, tiveram a principal baixa. A redução foi de 5,44%. A carne bovina acumulou queda de 8,79% na primeira quadrissemana do mês. A carne de frango ficou 12,4% mais barata, enquanto a suína caiu 5,33%. Os cereais também estão cooperando para a redução da taxa de inflação. Nos últimos 30 dias o feijão registrou queda de 6,5% e o arroz, de 1,43%. Aluguel pressiona As pressões sobre a taxa de inflação são poucas e vêm de aluguel e serviços. Aluguel praticamente é o responsável por toda a inflação do período. Do 0,54% de variação média dos preços na quadrissemana, só o aluguel foi responsável por 0,51%. Heron do Carmo, assistente de coordenação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, diz que aluguel voltou a pressionar a taxa de inflação no início de fevereiro, o que deve continuar ocorrendo até março. Serviços O setor de serviços está com aumentos médios de 5%. O novo ritmo da economia está aumentando a demanda no setor, favorecendo a alta de preços. Os serviços domésticos subiram 4,3%. Os serviços pessoais, onde estão os custos de cabeleileiro, alfaiate etc., ficaram 6% mais caros. Já os serviços médicos passaram a custar 5,75% mais para os paulistanos. Tendência A tendência de queda que a taxa de inflação vem registrando deve ser revertida nas próximas semanas, segundo Heron do Carmo. O economista da Fipe espera que no final do mês a taxa volte para patamar próximo ao 0,8% de janeiro. Em março a pressão será maior ainda e virá de aluguel, escolas e alimentos. As fortes chuvas que estão ocorrendo não terão grande efeito sobre a inflação. Será mais um efeito especulativo, diz o economista. Texto Anterior: O VAIVÉM DAS COMMODITIES Próximo Texto: Preços sobem 0,18% nos supermercados Índice |
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