São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 1995 |
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Uso do pré-datado preocupa o varejo Apas teme pelo capital de giro SUZANA BARELLI
Na semana passada, os associados a Apas se reuniram em São Paulo para tentar evitar a ampliação dos prazos para o pré-datado entre seus pares. "Estamos apreensivos com a concorrência entre os pré-datados, que está proliferando rapidamente", diz Omar Assaf, vice-presidente da Apas. Segundo ele, a concorrência entre as redes, com prazos maiores para os pré-datados, vai acabar com o capital de giro dos supermercados. "Mas o nosso negócio foi feito para vender à vista", diz. Assaf explica que os supermercados têm, no máximo, de 1% a 2% de lucro líquido. "Mas se ficarmos sem capital de giro teremos de buscar dinheiro no mercado com custo maior do que o nosso lucro", afirma. Outra preocupação com os pré-datados é o aumento da inadimplência. Dados da Associação Comercial de São Paulo mostram elevação de 110% nos protestos de títulos nos primeiros cinco dias de fevereiro em comparação com igual período de 94. "Isso significa que as pessoas não estão honrando seus compromissos, como os cheques pré-datados sem fundos", diz Marcel Solimeo, da associação. Nos supermercados que partiram para os pré-datados, a alegação é que esta forma de pagamento é uma estratégia para o aumento das vendas. O Candia informa que as vendas de janeiro foram acima da média do setor devido a pré-datados e vale-refeição. O Mambo, que passou a aceitar o pré-datado em janeiro, acredita que as vendas vão crescer 30% em até quatro meses devido à esta forma de pagamento. "Mas é preciso saber trabalhar com o pré-datado para não perder o capital de giro", diz Rauf Nassar, presidente do Mambo. O supermercado segura o cheque por dez dias nas compras acima de R$ 20,00, por 20 dias nas acima de R$ 20,00, por 20 dias nas acimade R$ 80,00 e por 30 dias nas compras aicma de R$ 160,00. Texto Anterior: Preços sobem 0,18% nos supermercados Próximo Texto: FEIJÃO; SOJA; ALGODÃO Índice |
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