São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 1995 |
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Rio Branco seleciona para carreira diplomática
LUÍS PEREZ
Apesar de ser menos concorrido do que grande parte das carreiras das universidades estaduais de São Paulo, o exame assusta pelo caráter eliminatório e pelo rigor. O Rio Branco recebe só 25 candidatos por vaga —uma concorrência até baixa, se comparada com cursos como publicidade na USP (84 por vaga) ou medicina na Unesp (135) e na Unicamp (120). Mas, logo no exame de pré-seleção, o candidato precisa identificar 25 dos 30 erros de português de um texto. "Se só identificar 24, ele é automaticamente eliminado", afirma o coordenador do exame Oswaldo Biato, 67, embaixador e diplomata do Rio Branco. Depois, há várias outras provas específicas —que incluem exames médicos e exigem conhecimentos de noções de direito e, pela primeira vez, de ciência política. Para se inscrever, é preciso ter mais de 20 anos e curso superior em qualquer área. "Há candidatos de várias áreas. Temos casos de pessoas que se formam para sacerdócio, química e engenharia", afirma o embaixador Biato. "Predominam os graduados em direito. Todos esses ingredientes são necessários para a carreira." Poucos candidatos têm menos de 22 ou 23 anos —a faixa etária média fica entre 25 e 27. O curso, segundo ele, não é garantia de bons salários. Na carreira, em ordem crescente, há cargos de terceiro, segundo e primeiro secretários, conselheiro e ministros de segunda e primeira classes. "Um terceiro secretário começa ganhando cerca de R$ 800", diz. "O salário pode subir, chegando a ficar entre R$ 2.000 e R$ 3.000." Por isso, a maior parte dos candidatos quer trabalhar no exterior. Após a inscrição, o candidato ganha o "Guia de Estudos". Muitos desistem antes do processo. Dos quase 900 inscritos no ano passado, só 600 se apresentaram, após verificarem o formato do concurso (saiba como é a seleção no quadro ao lado). (LPz) Texto Anterior: Estado psicológico pode decidir vaga Próximo Texto: Advogado tenta ser aprovado pela 3ª vez Índice |
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