São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 1995
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Proibição de queima de fogos reduz a ocorrência de incêndios em 54,5%

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

A China proibiu fogos de artifício nas festas do seu Ano Novo lunar, reduzindo em 54,5% os incêndios se comparado a 1994. Pela tradição, a pirotecnia e o barulho afastariam os maus espíritos.
Entre 30 de janeiro e 4 de fevereiro, houve cinco incêndios, com duas mortes e prejuízos de 4 milhões de yuans (US$ 476 mil).
Se comparado a 1994, há uma queda de 80% no número de vítimas fatais e de 86,7% nos danos materiais, segundo o jornal oficial "China Daily".
Os fogos foram proibidos em 59 cidades, entre elas Pequim, a capital do país. Para fugir da proibição e manter a tradição secular, foi preciso ir ao campo.
Pequim, no segundo ano da proibição, não registrou incêndios durante as comemorações.
Antes da lei, que vale para o ano todo, registrava-se um incêndio a cada 48 segundos nas comemorações.
O primeiro dia deste ano lunar chinês caiu em 31 de janeiro.
A China praticamente parou na semana passada, durante os principais festejos de seu calendário.
Em 1994, foram registrados 40 mil incêndios, 264 dos quais considerados "grandes". Houve 2.600 mortes e 4.000 feridos, com prejuízos de 1,2 bilhão de yuans (US$ 143 milhões).
As autoridades usaram os dados para mostrar que apertam o cerco contra os fogos a fim de aumentar as condições de segurança.
As maiores tragédias de 1994 ocorreram num teatro e numa discoteca que não observavam as normas antiincêndio.
(JS)

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