São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 1995 |
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Globo faz primeira série de não-ficção
LUIZ ANTONIO CINTRA
"30 Anos", nome ainda provisório da série, vai mostrar em 16 capítulos os principais fatos que fizeram a história mundial nas últimas três décadas. O correspondente da Globo em Londres, Pedro Bial, vai apresentar o programa. Ele diz que a idéia é buscar as personagens que viveram esses grandes fatos, em uma espécie de versão em vídeo de a "História da Vida Privada". "A série vai permitir que os temas sejam aprofundados, mas com o cuidado de não cair num papo-cabeça, que ficaria cansativo", diz. Vários locais que já foram notícia —como Chernobyl e o Vietnã— serão revisitados. A série, nesses casos, vai lembrar o fato, dar seus desdobramentos e mostrar como está a situação hoje. É o que pretende fazer o repórter José Hamilton Ribeiro, que depois de 27 anos vai voltar ao Vietnã, onde esteve em 1968 como correspondente da revista "Realidade". Ribeiro diz que cobriu a guerra durante 35 dias, até ser ferido em uma emboscada dos vietcongues. "Vou rever alguns lugares próximos a Quang-Tri, onde fiquei, e algumas pessoas, como o vietnamita que foi meu guia enquanto estive lá", diz Ribeiro. A minissérie também abordará temas que ainda não foram tratados pela emissora, como, por exemplo, o megadesastre ecológico que ocorreu no Mar de Aral, na Ásia. Segundo Bial, que vai participar da edição final de "30 Anos", o maior desafio é encontrar um formato que seja diferente de outras produções do jornalismo da emissora, como "Globo Repórter" e "Fantástico". "Esse formato ainda está sendo pensado e vai surgir conforme a produção da série for caminhando", diz. A minissérie "30 Anos" está programada para ir ao ar até o fim deste semestre. Texto Anterior: Globo dribla proibição e grava em igreja Próximo Texto: Calmon quer atrair público feminino com realismo Índice |
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