São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Oeste usa a experiência e vence jogo das estrelas

MELCHIADES FILHO
ENVIADO ESPECIAL A PHOENIX

A seleção do Oeste foi a ganhadora da 45ª edição do All-Star Game, o maior evento anual do basquete profissional dos EUA.
Os "ocidentais" massacraram a equipe do Leste por 139 a 112.
Reduziram, assim, para 11 vitórias a vantagem histórica do adversário no duelo (28 a 17).
Exibido pela TV para 200 milhões de casas em 150 países, o jogo ocorreu domingo à noite.
Exatos 18.755 torcedores e 1.356 jornalistas lotaram o ginásio America West Arena, em Phoenix.
O All-Star Game reúne os 24 melhores jogadores da NBA (National Basketball Association).
Eleitos pelos torcedores e técnicos da liga, os atletas são divididos em dois times —Leste e Oeste—, que se enfrentam exatamente na metade da temporada regular.
Na quadra, domingo, o Leste só conseguiu manter o equilíbrio até os 10min do primeiro quarto.
Os "ocidentais" tomaram então a dianteira, mantendo-a com facilidade nos demais 38 minutos.
Para isso, valeram-se da experiência. A média de idade do time era de 29 anos; a do Leste, de 26.
Além disso, os selecionados do Oeste superavam os rivais na soma de participações no jogo (58, contra 34). A força física também foi determinante para o resultado.
O curioso é que a balança não se decidiu, como fôra previsto, no duelo dos superpivôs.
Na verdade, Shaquille O'Neal e Pat Ewing fizeram um duelo comportado e parelho com Hakeem Olajuwon e David Robinson.
O desequilíbrio ocorreu na chamada posição 4, a do ala-pivô.
No começo do jogo, Grant Hill e Scottie Pippen chegaram a bater cabeça para conter Shawn Kemp, 11 pontos no primeiro quarto.
O técnico Brian Hill improvisou então o pivô Alonzo Mourning, formando uma defesa alta e forte.
A tática deu certo. Kemp parou.
Mas aí veio o troco de Paul Westphal. Depois de instruir Kemp para cansar Mourning, o treinador do Oeste revezou Karl Malone e Dikembe Mutombo. Ambos, sem marcação especial, corresponderam com 27 pontos e 88% de precisão nos arremessos.
Sem fôlego e músculos, os 'orientais' confundiram-se na marcação e na transição defesa-ataque. No total, perderam 20 bolas, 5 a mais do que os 'ocidentais'.
No segundo quarto, os arremessadores do Oeste assumiram a festa. O time isolou Richmond nos cantos, desviando a marcação e liberando-o para os chutes.
O Oeste chutou mais (59 vezes, contra 44) e acertou proporcionalmente mais (53%, contra 47%).

Texto Anterior: Times iniciam testes amanhã em Portugal
Próximo Texto: RAZÕES DA VITÓRIA
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.