São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 1995 |
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Inversão de papéis; Detalhe fundamental; Além da retórica; Trégua suada; Guerra de argumentos; Acordo sobre a discórdia; Pé direito; Sem limites; Intensivo; De mãe para filha Inversão de papéis Logo na primeira grande discussão da reforma constitucional, a flexibilização do monopólio estatal, o governo corre o risco de ter que se aliar a adversários eleitorais —no caso, o PT— para enfrentar aliados, como o PFL. Detalhe fundamental O primeiro debate da reforma constitucional enviada por FHC ao Congresso vai girar em torno de três palavras. A briga será para abrir o monopólio só para concessão em telecomunicações, ou também para autorização e permissão. Além da retórica Nas telecomunicações, a idéia de Sérgio Motta é abrir só para concessões ao setor privado. Assim, o PT topa negociar. Mas PPR e PFL tentarão alterar a emenda e incluir autorização e permissão —formas que dispensam licitação. Trégua suada Sérgio Motta reuniu-se ontem com o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, e, depois, almoçou com o também pefelista Luís Eduardo. Os dois lados dedicaram o dia a buscar um cessar-fogo entre ACM e o Planalto. Guerra de argumentos Para convencer os governadores a aceitarem a federalização do ICMS, deputados tucanos vão sugerir ao governo um argumento: o modelo permitirá o fim da guerra fiscal entre os Estados, acarretando benefícios para todos eles. Acordo sobre a discórdia Do ministro Krause, ao dizer que todos querem a reforma tributária, mas ninguém sabe como: "Ela tem a maior taxa de consenso sobre o abstrato e a maior taxa de dissenso sobre o concreto". Pé direito Líderes governistas acham que o Planalto deve trabalhar para votar logo emendas menos polêmicas, como a que elimina a distinção entre empresa estrangeira e brasileira. A aprovação rápida daria fôlego ao processo, dizem. Sem limites Ministros que estiveram na reunião da Sudene em Recife ficaram espantados com a pressão dos governadores do Nordeste para pegar a nova refinaria da Petrobrás. Se Tasso (PSDB-CE) não ficar com ela, temem que rompa com FHC. Intensivo O Banco Central montou esta semana em Brasília um curso para funcionários seus e da Receita Federal sobre câmbio e operações externas na área fiscal. Tenta treinar técnicos para barrar remessas ilegais de dólares ao exterior. De mãe para filha O PT perderá Irma Passoni, que deve assumir um cargo no governo, mas recebeu a filiação da filha da ex-deputada, Moara, 15. Próximo Texto: Nostalgia; Em busca de espaço; Corrida para a tribuna; Horário nobre; De exportação; Cinco estrelas; De fora Índice |
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