São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 1995
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Financiamento direto ganha espaço

DA REDAÇÃO

A compra de imóveis residenciais pode ser financiada através de bancos ou das próprias construtoras. Nos últimos anos, esta última modalidade é a que predomina no mercado imobiliário.
Os bancos operam dentro da faixa tabelada do SFH (juros de até 12% ao ano) e com a carteira hipotecária (juros livres, próximos de 20% ao ano).
Nos últimos anos, os bancos restringiram muito os financiamentos pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação). O sistema público e privado superou 600 mil contratos em 1980 e atualmente mal consegue fechar 50 mil.
Alegam que empréstimos concedidos no passado, desde a época do BNH, não tiveram o retorno necessário para sustentar novos contratos, devido ao rebaixamento das prestações.
Os financiamentos do SFH que ainda existem estão, em geral, ligados à construção de um prédio novo. O banco financia a construtora, que depois repassa ou não o financiamento ao mutuário final. Imóvel usado praticamente não tem financiamento.
A carteira hipotecária atende clientela de maior poder aquisitivo que pretende adquirir imóveis não-enquadrados nas condições do SFH (valor máximo de R$ 140 mil e financiamento até R$ 70 mil).
Com o SFH retraído, ganharam espaço os financiamentos diretos e com prazos mais longos, sem a intermediação de bancos.
O crescimento do setor imobiliário é atribuído principalmente a planos deste tipo. As condições são semelhantes às do SFH: juros de 12% ao ano e prestações corrigidas pelo IPC-r ou índices setoriais, como o Sinduscon, quando a obra está em construção.

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