São Paulo, sexta-feira, 17 de fevereiro de 1995
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Taxista esfaqueia passageiro em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico em gasoterapia Roberto Carlos dos Santos, 32, morreu na madrugada de ontem esfaqueado por um motorista de táxi. Segundo a polícia, Santos não teria dinheiro para pagar a corrida e começou a discutir com o taxista que, depois de esfaqueá-lo, teria roubado seu relógio e jogado o corpo na rua. O motorista fugiu.
O crime aconteceu às 21h de anteontem na rua Almirante Marques Leão, na Bela Vista (região central de São Paulo). Levado para o Pronto-Socorro Vergueiro, Santos não resistiu à hemorragia e morreu às 2h de ontem. Santos foi esfaqueado na barriga e nos braços.
A briga e o roubo do relógio foram relatados pelo próprio Santos aos enfermeiros que o socorreram antes de morrer, segundo sua mulher e o boletim de ocorrência registrado no 5º DP (Aclimação).
A viúva Olga Brito Santos, 38, disse que seu marido era "uma pessoa nervosa, violenta, estourada" e que antes de tomar o táxi estava em um bar bebendo com o colega de trabalho Luiz Alberto Felipe Macedo da Costa, 41.
Os dois tinham deixado o Hospital do Servidor Público Municipal, onde trabalhavam, por volta das 19h. A sugestão de que Santos tomasse um táxi partiu do colega.
Olga acredita que seu marido, por estar bêbado e sem dinheiro nenhum, começou a discutir com o motorista. Mas ela acha que tem "alguma coisa mal-contada nesta história". "Ninguém sai por aí esfaqueando os outros por causa de uma corrida de táxi."
Até ontem a polícia não tinha pistas do taxista. O zelador do prédio número 322 da rua Almirante Marques Leão, Giovani Paulino da Silva, que viu Santos sangrando na rua e chamou a polícia, deve ser ouvido hoje pela polícia.

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