São Paulo, sábado, 18 de fevereiro de 1995
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Crise mexicana ainda afeta dólar na Europa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os efeitos da crise mexicana continuam se fazendo sentir em cima do dólar que continuou caindo ontem nos mercados europeus.
O marco alemão foi, uma vez mais, a estrela da jornada de câmbio e está absorvendo o capital internacional que sai do dólar.
Intervenções dos bancos centrais europeus tentaram deter a queda do dólar, mas o marco alemão manteve sua valorização, debilitando as moedas européias. A principal vítima foi a lira italiana, que teve nova queda recorde, fechando a 1.083,5 marco.
Em outra ponta do mundo, o banco central japonês tratou de conter a queda do dólar, que fechou a 97,56 ienes, ante os 97,85 da véspera.
Na Alemanha, o dólar chegou a ser negociado ao nível mais baixo do ano, e embora tenha se recuperado, fechou a 1,48 marco, contra 1,49 do dia anterior.

Buenos Aires
Depois de dez quedas sucessivas em fevereiro e acumular uma baixa recorde de 44,38% desde a crise mexicana, a Bolsa de Valores de Buenos Aires reagiu ontem com uma alta de 1,5%. Os negócios continuam muitos baixos, pouco mais de US$ 21 milhões.
O ministro da Economia, Domingo Cavallo, esforçou-se em tranquilizar o mercado. Ele afirmou que a Argentina "é um país sério" e que o governo não irá socorrer financeiramente as províncias, colocando em risco o equilíbrio das contas públicas.
Desde quinta-feira, o mercado estava nervoso por causa da decisão do presidente Carlos Menem de trocar votos para aprovação do projeto de reforma da Previdência pela injeção de recursos nas províncias dos governadores da oposição.

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