São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995
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Joãozinho prega maior liberdade

MARCUS FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O técnico do Santos, João Rosa Filho, o Joãozinho, 38, quer devolver ao jogador brasileiro a "liberdade para criar".
Para ele, o papel do treinador e dos clubes é "aprimorar o talento do atleta", tornando-o um jogador capaz de exercer diversas funções.
(MF)

Folha - Qual a sua filosofia de trabalho?
Joãozinho - O principal é poder aprimorar o jogador. Antes, o europeu era melhor fisicamente.
Com o tempo, atingimos o mesmo estágio. Falta dar mais liberdade ao jogador. Busco o atleta exerce diversas funções.
Folha - Existe um brasileiro nesse perfil?
Joãozinho - O Zico se preparou para ser um grande atleta.
Hoje, não adianta só gostar de jogar, tem de ser um profissional.
Folha - Como você pretende fazer isso?
Joãozinho - Dando noção de profissionalismo. O brasileiro chega ao clube trazendo habilidade. Cabe ao técnico treiná-lo, conversar e mostrar as evoluções táticas e técnicas do futebol.
Folha - Você se preparou para ser técnico de futebol?
Joãozinho - Nos últimos cinco anos da minha carreira comecei a observar o trabalho dos treinadores. Gosto de analisar o adversário, para depois armar o meu esquema de jogo.
Folha - Procede a fama de durão, disciplinador?
Joãozinho - Sou disciplinador, sendo amigo. Acho que existe uma hierarquia que tem que ser respeitada, como em uma família.

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