São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995
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Túmulo vai de rock

Luxo e ousadia são as armas das escolas de samba do Grupo Especial para levantar de vez o prestígio do Carnaval de São Paulo. Os investimentos no desfile são altos: duas escolas chegaram na marca de R$ 1 milhão (Rosas de Ouro e X-9), enquanto outras três ultrapassaram os R$ 500 mil (Vai-Vai, Nenê e Leandro de Itaquera). Para causar impacto, os carnavalescos apostam ainda em enredos pouco ortodoxos, evocando óperas, fadas, duendes e rock'n'roll.
A Mocidade Alegre arrisca um samba sobre Raul Seixas, o cultuado roqueiro que fez história. Títulos de composições de Raulzito povoam o enredo, ilustrado por alas como a "Cobra e Aranha" (que lembra o cultuado "Rock das Aranhas", com homens vestidos de cobras e mulheres, de aranhas).
Mais um cruzamento musical: ópera e samba se encontram no enredo da Camisa Verde e Branco, que evoca Puccini, Rossini, Bizet e Mozart. Encerra com uma homenagem a Chico Buarque e sua "Ópera do Malandro".
Para colocar na avenida seu enredo repleto de fadas, duendes e outras entidades, a X-9 investiu pesado. A escola faz sua estréia no "grupo de elite" da festa. Sua única concorrente em termos financeiros é a atual campeã, Rosas de Ouro. A veterana acredita na beleza das roupas e alegorias para conquistar o bi. Detalhe: todas as fantasias ficaram prontas há dois meses.

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