São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Apoteose do Real Para levar o título do Grupo Especial do Rio, as 18 maiores escolas de samba inventaram de tudo. Não faltaram exaltações ao Plano Real. A linha ufanista abre o Carnaval: primeira a desfilar, a São Clemente lembrará da vitória na Copa do Mundo, apostando na recuperação do orgulho brasileiro. A Vila Isabel conta a história do dinheiro para, no fim, enaltecer a nova moeda. Enredos "turísticos" pegaram Mangueira, Grande Rio e Unidos da Ponte, que glorificam, na ordem, Fernando de Noronha, Amazonas e Paraná. Ayrton Senna não escapou das homenagens. Com a desculpa da invenção da roda, a Tradição trará um carro lembrando o campeão, com Rubens Barrichello e Christian Fittipaldi no alto. A Beija-Flor, poderosa, convenceu a cantora lírica brasileira Bidu Sayão, 90 anos, a deixar sua casa no Maine, EUA, para sair no principal carro alegórico, no domingo. "Bidu Sayão e o Canto de Cristal" é o enredo criado pelo carnavalesco Milton Cunha. Ele cumpre a difícil tarefa de fazer a escola se livrar do "fantasma" de Joãosinho Trinta, seu antecessor. A Imperatriz Leopoldinense, que tenta o bicampeonato, escolheu enredo histórico-humorístico: explora o fracasso da expedição científica organizada por D. Pedro 2 ao sertão, que contou com camelos importados de Argel. Os bichos não resistiram e foram substituídos por jegues nordestinos. Texto Anterior: TITITI NA SAPUCAÍ Próximo Texto: Não se acabe Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |