São Paulo, segunda-feira, 20 de fevereiro de 1995 |
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Movimento cai 30% em feiras de carros usados Chuva e indefinição de preços afugentam compradores GRAZIELE DO VAL
O aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre os carros "populares", de 0,1% para 8%, decretado pelo governo na sexta-feira passada, ainda não foi absorvido pelo mercado de automóveis usados. "O aumento do preço dos carros não está bem definido", disse o contador Luís Fernando do Nascimento, 36. Nas concessionárias, as vendas de carros "populares" novos já estavam virtualmente paralisadas desde que o governo anunciou, há cerca de duas semanas, que iria aumentar o IPI desses veículos. Na feira do Anhembi (região norte de São Paulo), a maior do gênero na cidade, havia aproximadamente 3.500 veículos em exposição ontem. A média normal, segundo o diretor de marketing da empresa organizadora, Fábio Tinoco, é de 5.000. No posto do Detran instalado no pátio do Anhembi, apenas três pessoas aguardavam a sua vez ontem de manhã, em busca de informações sobre os carros à venda. "Atendemos, em média, 500 consultas. Hoje, o movimento foi 40% menor", afirma Wagner Ricardo de Albuquerque, oficial-administrativo do Detran. A mesma situação se repetiu na feira instalada no pátio do hipermercado Paes Mendonça, no Morumbi (região sul da cidade). Segundo Fábio Tinoco, o número de consultas começou a aumentar na semana passada, indicando uma pequena reação dos negócios, que estavam praticamente parados por falta de compradores. O técnico em eletrônica William Rodrigues, 27, confirma o aumento nas consultas. "De qualquer forma, o movimento ainda é bem inferior e não existe contra-oferta. Há cinco meses, vendi um Santana na feira do Anhembi em poucas horas". Ele tentava negociar uma Saveiro 86 por R$ 5.900. Texto Anterior: Jesus vai ao mercado - parte 2 Próximo Texto: Importados fazem procura cair Índice |
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