São Paulo, terça-feira, 21 de fevereiro de 1995
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Fiscais apreendem 895 camisinhas no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

A proximidade do Carnaval levou às ruas fiscais do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), do Ipem (Instituto de Pesos e Medidas) e da Secretaria Estadual da Saúde em busca de preservativos masculinos de qualidade duvidosa.
As equipes visitaram importadoras, farmácias, motéis e lojas especializadas em produtos sexuais (sex shops) nas zonas sul, norte e oeste e no centro do Rio.
Quatro dos 12 estabelecimentos visitados receberam autuações. Ao todo, as equipes apreenderam 895 camisinhas.
A maior apreensão ocorreu na importadora Big Home, na avenida Rio Branco (região central). Lá, foram recolhidas 34 caixas —408 camisinhas no total— do preservativo Trojan-Enz, fabricado nos EUA.
O motivo da apreensão foi a falta da marca de inspeção do Inmetro na caixa do produto. O fato de não haver a marca indica que a mercadoria chegou ao Brasil de modo ilegal, de acordo com o diretor-geral do Ipem no Rio, Dácio Guerra.
Os responsáveis pela loja não deram entrevistas. Jornalistas que acompanhavam os fiscais foram expulsos da Big Home por seguranças, que empurraram fotógrafos e cinegrafistas.

Reincidência
Por causa da acusação de reincidência na importação irregular de produtos, a Big Home foi multada em 2.400 Ufirs (Unidade Fiscal de Referência), o que representa R$ 1.624,08.
Fiscais recolheram ainda em três motéis da zona sul camisinhas reprovadas nos testes de qualidade do Inmetro e que estavam à disposição de clientes. Os nomes dos motéis não foram divulgados.
As incursões em farmácias e sex shops não acharam irregularidades.
No ano passado, 25 mil camisinhas importadas da Coréia do Sul foram destruídas pelo Inmetro por falta de qualidade.
Mais 468 mil unidades de preservativos foram devolvidas aos países de origem após o veto de sua venda no Brasil pelo Inmetro.

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