São Paulo, terça-feira, 21 de fevereiro de 1995 |
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Físico inventa cinto de segurança com alarme corta-ignição no Paraná
OSMANI COSTA
Batizado de "alerta-cinto", o aparelho corta a corrente da ignição e dispara um alarme toda vez que o motorista tenta dar a partida sem estar usando o equipamento. Segundo Clemente, que também é técnico em eletrônica, a idéia surgiu por causa da lei municipal que, a partir de março, vai tornar obrigatório o uso do cinto de segurança no perímetro urbano de Londrina (379 km a noroeste de Curitiba/PR). "Todo mundo reclama que é difícil lembrar de colocar o cinto. Então, quis montar um aparelho que alerte os desavisados." O aparelho é simples. Tem um circuito eletrônico central instalado no painel do carro e dois sensores magnéticos. Um fica na ponta do cinto do motorista e o outro no local do encaixe, na parte fixa ao lado da poltrona. Dois protótipos funcionam há 15 dias em carros de irmãos de Clemente, que está providenciando os documentos necessários ao registro da patente de seu invento. A montagem de cada aparelho custa cerca de R$ 80,00. A instalação no automóvel dura aproximadamente três horas. O "alerta-cinto" é alimentado pela bateria do carro. Segundo Clemente, o consumo de energia é baixo porque, ao contrário do alarme contra roubos, seu invento não consome energia enquanto o carro está desligado. O aparelho também não tem o poder de desligar o carro em movimento, caso o motorista desencaixe o cinto de segurança. O sistema está programado para funcionar apenas uma vez. Clemente nunca dirigiu um automóvel. "Por opção própria, apesar da insistência de meus pais e irmãos, nunca aprendi a dirigir." O cinto não é a primeira invenção do físico, formado pela Universidade Estadual de Londrina em 1991. Ele foi o criador de um digitalizador de imagens para microcomputador PC e uma impressora para textos em braille. Texto Anterior: Executivos são acusados de assédio sexual Próximo Texto: Gangue ameaça infectar foliões com HIV em MG Índice |
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