São Paulo, terça-feira, 21 de fevereiro de 1995
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Desemprego em SP é o menor dos últimos 3 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

A taxa de desemprego total na Grande São Paulo caiu para 12,1% em janeiro passado, reduzindo o número de desempregados para 973 mil, o menor desde fevereiro de 92. Há três anos, 861 mil pessoas estavam sem ocupação.
Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada ontem pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) e Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A pesquisa é realizada mensalmente nos 38 municípios da Grande São Paulo, com uma População Economicamente Ativa (PEA) de 8,041 milhões de pessoas ocupadas ou desempregadas com mais de dez anos de idade.
O relatório da pesquisa destaca que a queda da taxa de desemprego total no mês passado representa um movimento atípico para este período do ano, quando normalmente há um aumento do número de desempregados.
Esse resultado deveu-se à redução na taxa de desemprego oculto, que caiu de 4,8% em dezembro para 4,2% em janeiro, enquanto a de desemprego aberto registrou um pequeno aumento, de 7,8% para 7,9% no mesmo período.
Em números absolutos, porém, o contingente de desempregados ocultos caiu de 392 mil em dezembro para 338 mil em janeiro e o de pessoas na condição de desemprego aberto também decresceu de 636 mil para 635 mil. O motivo é que a população economicamente ativa nesse período recuou de 8,158 milhões de pessoas para 8,041 milhões.
O nível de ocupação caiu 0,9% em janeiro com a eliminação de 62 mil postos de trabalho na região, distribuídos por todos os setores de atividade.
A exceção foi na indústria, que registrou estabilidade, com redução de 2.000 postos. Houve contratações nas indústrias química, gráfica e vestuário, que foram anuladas pelas demissões nos setores metal-mecânico e de alimentação.
Mesmo com a redução dos postos de trabalho, o número de desempregados caiu por causa da saída de 117 mil pessoas do mercado de trabalho, que é um comportamento comum em janeiro.
Segundo a pesquisa, o rendimento real médio dos ocupados e assalariados em dezembro de 1994 era de R$ 566 e R$ 534, respectivamente —um crescimento de 3,7% e 2,5% sobre o mês anterior.
A comparação dos rendimentos médios no período do real —entre os trimestres de julho a setembro e de outubro a dezembro— mostrou um crescimento de 10,8% para os ocupados e de 2,9% para os assalariados.

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