São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 1995 |
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Gabinete britânico vota documento da Irlanda
ROGÉRIO SIMÕES
O documento, que será apresentado hoje em Belfast, por Major e pelo premiê da República da Irlanda, John Bruton, foi novamente criticado por políticos unionistas, defensores da permanência da Irlanda do Norte no Reino Unido. O líder do Partido Unionista do Ulster, James Molyneaux, disse que o documento pode levar a um retorno da incerteza e da inevitável violência na região. Segundo informações da imprensa britânica, que teve acesso a trechos do documento, os dois governos estariam em acordo sobre a criação de uma autoridade comum do norte e do sul da Irlanda para o controle da fronteira. O acordo entre Dublin e Londres também deve prever o reconhecimento da Irlanda do Norte como parte do Reino Unido pelo governo irlandês. Os unionistas acreditam que as propostas vão levar à unificação da Irlanda. Para o líder do Partido Democrata Unionista, Ian Paisley, o documento não terá significado prático nenhum. Amanhã (hoje) à noite, ele estará morto porque será rejeitado pelos unionistas. Paisley saiu ontem de uma reunião de mais de uma hora com John Major decepcionado com as alternativas apresentadas pelo premiê. No Parlamento, o primeiro-ministro fez um apelo aos unionistas para que não abandonem o atual processo de paz. Major afirmou que o conteúdo do documento é apenas uma base para futuras discussões com as lideranças e a população da Irlanda do Norte e que seu governo irá analisar todas as outras propostas que lhe forem apresentadas. Texto Anterior: Mulheres disputam título de 'mais velha' Próximo Texto: Ieltsin aumenta o caos, diz general Índice |
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