São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995 |
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Ganhos adicionais
NELSON DE SÁ
Reinhold Stephanes, sempre ele, vai salvar mais uma vez a Previdência. Não apenas salvar, com ordem, com segurança, com equilíbrio, mas "se podem ainda dar ganhos adicionais aos nossos previdenciários". Então está certo. Acabou a desculpa, afinal. "Já está com Fernando Henrique a proposta de reforma da Previdência", registrou a CBN. Agora é só marcar a data para o aumento do salário mínimo. Se porventura — Se eu for condenado, aceito a condenação, se porventura tiver culpa. Se nem o senador sabe dizer se tem culpa ou não, fica difícil a sua defesa pelos pares. José Sarney reuniu-se ontem outra vez com o colega para tentar convencê-lo a sair da direção do Senado. A resposta surgiu depois, na Record: — Em hipótese alguma... de jeito nenhum... "Constrangida", segundo a Manchete, a Mesa "reuniu-se para tentar achar uma fórmula jurídica de afastar o senador de qualquer maneira". A resposta de Amorim, no SBT: — Não existe fórmula. Blefe tucano — A indicação para relatores ou presidentes de uma das emendas, de membros do PSDB e de outros partidos que têm identidade com a reforma, é importante para a constituição de uma maioria. Na tradução, "o líder lembra que PMDB e PFL, sozinhos, não aprovam nada". Não adianta, que os tucanos não sabem ameaçar como ACM. Ontem surgiam piadas na Record, sobre a exigência de cargos feita pelo tucano, em troca de "maioria". Ao contrário do PFL e do PMDB, o PSDB vai votar toda a reforma, até o fim. É o ponto fraco do partido, no comércio de cargos. Não pode blefar. Quando tenta, gagueja. Texto Anterior: Sarney amplia seu poder e isola PSDB Próximo Texto: Planalto cria sistema para vigiar Legislativo Índice |
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