São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995
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Covas e PMDB disputam apoio de Maluf

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Mário Covas (PSDB) e o PMDB disputam o apoio do prefeito Paulo Maluf (PPR) para garantir a eleição do presidente da Assembléia.
Assim como o PT, o apoio do PPR é considerado por tucanos e peemedebistas como vital para garantir a eleição da nova Mesa da Assembléia, que determina quais projetos entram em votação.
Com nove deputados, o PPR é a quarta maior bancada, atrás do PMDB (23), PSDB (18) e PT (16).
Maluf recebeu pedidos de apoio esta semana dos líderes do PSDB, Ricardo Trípoli, e do PMDB, Milton Monte.
O prefeito não garantiu apoio a nenhum deles. A Folha apurou que Maluf pode trabalhar nos bastidores a favor do PMDB em função da postura do PSDB na Câmara Municipal, que é oposição ao seu governo.
Maluf disse ontem à tarde que "a Mesa (da Assembléia) tem que ser a expressão da representatividade, onde o presidente tem que ser do maior partido". A maior bancada é a do PMDB.
Perguntado se essa afirmação representaria um apoio informal aos peemedebistas, o prefeito desconversou e disse que a eleição do novo presidente é um assunto exclusivo da Assembléia.
A eleição dos integrantes da Mesa, entre eles o presidente, acontece no dia 15 de março, data da posse dos novos deputados.
Sem o apoio de Maluf, Covas pode sofrer mais uma derrota no Legislativo ao não conseguir eleger alguém do seu partido para a presidência.
Outro problema para os tucanos é que, além do PPR, o partido espera contar com os votos do PT para garantir a presidência. Os petistas, porém, podem não admitir uma aliança, mesmo que informal, com o PPR.
O PSDB já definiu que o candidato do partido a presidente da Assembléia será o deputado reeleito Ricardo Trípoli.
O PMDB se reúne hoje pela manhã para escolher quem será seu representante. Estão cotados entre os peemedebistas os deputados Paschoal Thomeu, Mauro Bragatto, Uebe Rezek e Jaime Gimenez.
Para eleger o presidente, os partidos precisam de 48 votos (metade dos votos mais um).

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