São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995 |
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Infecção mata 11 bebês em UTI
AURELIANO BIANCARELLI; CAROLINA CHAGAS
O hospital pertence à Secretaria Estadual da Saúde e é considerado de referência para partos de alto risco. Cerca de 250 bebês nascem ali por mês. No início de fevereiro, a direção do hospital fechou o berçário para investigar a causa das mortes. No dia 6, a Secretaria da Saúde foi informada. Apesar da interdição, continuam no berçário 14 bebês, além daqueles que entram em emergência. Jorge Senise, diretor da divisão médica do Ipiranga, disse que a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar não confirmou surto de infecção hospitalar. "As bactérias detectadas são diferentes, o que não configura um surto." Segundo Vera Senise, chefe do berçário, os bebês mortos tinham problemas respiratórios e baixíssimo peso. O mais pesado tinha 1.270 gramas —um recém-nascido normal tem cerca de 3 kg. Jair Urbano da Silva, diretor do Sindicato dos Médicos e presidente da comissão de ética médica do Ipiranga, disse que as conexões dos respiradouros dos bebês não eram trocadas com a frequência necessária. "Isso impede a rotina de desinfecção." Ana Maria Malik, responsável pelos hospitais da Grande SP, reconheceu que o fornecimento de materiais é precário. LEIA MAIS Sobre as mortes à pág. 3 Texto Anterior: Mãe de gêmeas mortas depõe semana que vem; O NÚMERO; Suspenso plantio de eucaliptos em SP; Caixa vai lançar em março a Super Sena; Osmar Santos deve sair de hospital em 7 dias; Vereadores investigam explosão que matou 15; Leptospirose mata membro da defesa civil; Ônibus passa no farol vermelho e mata dois Próximo Texto: Médicos tentam descobrir causas Índice |
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