São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995
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Seleção busca um adversário para março

MARCELO DAMATO
ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA

O Brasil não sabe qual será seu próximo adversário. A CBF programou um amistoso para o dia 29 de março, mas ainda não encontrou um adversário.
"Ainda não está nada definido", declarou Américo Faria, supervisor da seleção brasileira.
Este não é o primeiro problema de amistosos da seleção após a Copa. Para ontem, a CBF planejava fazer jogar um combinado internacional. O jogo seria disputado nos Estados Unidos.
A CBF não conseguiu acertar o jogo. Acabou mudando-o para o Brasil e fechou com a Eslováquia.
Após o amistoso de março, a seleção fará mais quatro ou cinco partidas antes da estréia na Copa América —dia dia 7 de julho.
Em 27 de abril, o adversário é o Valencia, time do técnico Carlos Alberto Parreira, que dirigiu a seleção até a Copa dos EUA. Vinte dias depois, haverá um jogo em Tel Aviv, contra Israel.
Apesar de ser um país asiático, disputa o Campeonato Europeu de Seleções. Num jogo pelas eliminatórias, no ano passado, Israel empatou em 2 a 2 com a Eslováquia.
Entre 4 e 11 de junho, Brasil, Suécia, Inglaterra e Japão participam da Copa Stanley Rous (presidente da Fifa sucedido por João Havelange), na Inglaterra. Faria afirmou que a CBF está tentando arranjar mais um amistoso no meio da competição.
O amistoso de ontem foi o sétimo seguido contra times de pouca expressão mundial. Antes da Copa, a seleção enfrentou o Paris-Saint Germain, da França, e as seleções da Islândia, Canadá, Honduras e El Salvador.
Em dezembro, a seleção enfrentou a Iugoslávia. Apesar de ter sido uma das maiores forças do futebol europeu no final dos anos 80, a Iugoslávia fez contra o Brasil o primeiro jogo após dois anos de banimento provocado pela guerra civil na Bósnia-Herzegóvina.
Além de ter chegado na madrugada do dia do jogo, a equipe atuou sem ter feito sequer um treino conjunto. O Brasil venceu por 2 a 0.
Zagallo negou que a CBF esteja com dificuldades para arrumar adversários mais difíceis para a seleção. "Não tem essa de time fácil. E também o Brasil não pode ficar enfrentando só Argentina, Itália, Alemanha e Inglaterra."
Ele disse que a prioridade da CBF até o ano que vem é a Olimpíada. "Para quem foi tetra, a Copa América não acrescenta nada." Segundo disse, ele não levou adiante sua intenção de usar a seleção pré-olímpica na Copa América por temer a cobrança por eventuais maus resultados.

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